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Blockchain para serviços bancários: 3 usos comprovados

Por Veritran - 20 de Agosto de 2020 - Categoria : Sem categoria
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A tecnologia Blockchain já produz soluções tangíveis. Aqui, três usos do blockchain para serviços bancários que valem a pena conhecer

Como gerador de grandes melhorias em segurança, eficiência e transparência, o blockchain foi anunciado de várias maneiras - inclusive como base para uma nova revolução da informação.

No entanto, para o setor bancário, já existem aplicativos blockchain interessantes em produção. Isso inclui a simplificação das cadeias de comunicação nos pagamentos transfronteiriços, a aceleração dos processos de compensação e liquidação nas transações nacionais e o gerenciamento de uma nova geração de transações nos mercados de capitais.

Antes de chegarmos a isso, vamos rever o básico.

BLOCKCHAIN: O CODIFICADOR PERFEITO?

O blockchain permite que várias partes mantenham um registro de atividades, conhecido como registro distribuído. Ao codificar criptograficamente todas as transações, é praticamente impossível alterar os registros históricos do blockchain.

Com essas características, a tecnologia blockchain é uma ferramenta poderosa para projetos que reúnem várias entidades com interesses potencialmente competitivos. Ter um registro distribuído e imutável de cada transação significa que não há necessidade de uma única entidade atuar como guardiã ou autenticadora de informações.

Além disso, contratos inteligentes podem ser usados em cima de blockchain para que sejam executados automaticamente em termos e condições específicos, fornecendo uma camada administrativa para a tecnologia.

Dados esses atributos, o blockchain foi anunciado como uma nova ferramenta poderosa para muitas funções, da identidade digital ao processamento de seguros. Aqui vamos dar uma olhada em três casos de uso específicos e comprovados para blockchain no setor bancário.

BLOCKCHAIN PARA PAGAMENTOS INTERNACIONAIS

Os pagamentos internacionais têm sido uma dor de cabeça por serem pesados e lentos. O processo requer vários intermediários entre as partes, dificultando o conhecimento do custo total ou do tempo de uma transação desde o início.

O blockchain muda isso ao permitir que bancos em diferentes países negociem diretamente entre si para transferir fundos. Na América Latina, bancos como o Scotiabank e Banesco testaram a tecnologia e afirmam que ela oferece grandes melhorias na velocidade e transparência dos pagamentos internacionais.

Globalmente, o JPMorgan está desenvolvendo uma rede global de pagamentos transfronteiriços baseada em Quorum, uma cadeia de blocos autorizada criada pelo banco. Mais de 400 bancos em todo o mundo manifestaram interesse em trabalhar com a Interbank Information Network, que visa a reduzir o atrito, os intermediários e o tempo de processamento dos pagamentos internacionais.

BLOCKCHAIN EM TRANSACOES DOMÉSTICAS

Os pagamentos internacionais são particularmente propícios a essa tecnologia, mas os bancos também usaram o blockchain para melhorar as transações domésticas. Assim como nas transações transfronteiriças, o blockchain ajuda a registrar pagamentos nacionais entre titulares de contas em diferentes bancos.

O Banco Central da Argentina testou recentemente a tecnologia em uma prova de conceito junto aos principais bancos de varejo e a câmara de compensação local da Colômbia está implementando um sistema baseado em blockchain para liquidar e limpar transações domésticas.

Embora os pagamentos domésticos, geralmente, não confiem em tantos intermediários quanto uma transferência internacional, o blockchain ainda oferece o potencial de liquidação e compensação mais eficiente, mais rápida e transparente localmente.

BLOCKCHAINT NO MERCADO DE CAPITAIS

Os bancos também estão descobrindo o potencial da blockchain para tornar as transações no mercado de capitais mais eficientes. De fato, alguns preveem que uma mudança em direção aos chamados "tokens de valor" (STOs, na sigla em inglês) se tornará uma tendência importante nos próximos anos.

Esses tokens são tratados pelos reguladores, na maioria das vezes, como valores mobiliários, mas são distribuídos e negociados via blockchain.  A Deloitte prevê que as ofertas de token de valor reduzirão os custos de lançamento de novas transações no mercado primário e otimizarão os processos de conformidade.

No ano passado, o banco brasileiro BTG Pactual testou a tecnologia. Seu STO, REIT BZ, permitiu que clientes internacionais investissem em um veículo de investimento imobiliário usando criptomoedas. O banco disse, na época, que o blockchain ajudou a otimizar a distribuição de um ativo estruturado tradicionalmente.

Embora seja verdade que o blockchain ainda esteja em uma fase inicial de uso, esses exemplos destacam seu potencial futuro.

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